sábado, 24 de dezembro de 2011

Jesus: Diferença singular. [Uma análise da Excelência de Cristo em contra-ponto à fraqueza humana.

Texto: Mt: 26:31-56

Jesus age diferente quando todos os homens agem igual. Tem-se Nele a busca e o desejo pelo ser-lhe igual mediante o contraste de seu caráter e a sua vida em momentos onde a natureza humana clamaria pelo egoísmo.
Aos que amam a Teologia do Novo Testamento basta notificar que Jesus não deixa suspensas somente as almas de seus contemporâneos (Jo.10.24); os amantes desse Deus/homem também se emaranham com as suas ações (Mc.4:39-41; Jo.13: 1ss), mas o poder e a verdade de suas palavras os fazem sossegar a alma (Jo.6:41-45,61,66-71; 14:1,6,10,16-28;15:3,7,11). Cristo não se deixa analisar como um objeto epistemológico da fé humana. Ele se apresenta aos homens, de emoções, fé ou interesses alhures, como um grande paradoxo humilhador de capciosos interesses destituídos de fé (Lc.11:53,54;Jo.8:25-31;8:6;18:33-38).

Pode-se elencar duas razões para isso: primeiro, porque vive entre os homens como um completo 'deslocado', fora de lugar (Jo.1:10,11,14; 8:23,24;1518,19), um 'corpo estranho' neste mundo. É inocente, “certinho” demais para se relacionar com os homens (Lc. 19:7,10). Ele não se encaixa num perfil de um homem normal, i.é, pecador. Segundo, porque Ele é exatamente tudo o quanto os homens almejam ser e ter nesse mesmo mundo deslocador de gente perfeita (Jo. 8:7, 46; Hb.4:15). Jesus torna os “homens-santos” em pecadores (Lc. 18:23) e, os pecadores em santos (Lc. 18:13,14;Jo.5:14). Ele os torna iguais (Jo.8.6,7,10; Rm.1:24;3:23)! Cristo consegue viver esse paradoxo como só Ele o pode: de modo singular como se não possuísse duas naturezas (humana/divina).

Esse paradoxo é visto nos Evangelhos, a cada passo de Jesus. Quiçá seja isso que torna a sua oração no Getsêmani uma narrativa tão perscrutadora. Será que outro alguém, que não Jesus, conseguiria viver um dilema existencial e ontológico de modo tão simples que fosse capaz até de deixar-nos margens para a discussão acerca de sua divindade? Conforme Barth, “pra ser tão humano, só tão divino”! De modo peculiar se pode ver a singularidade de Cristo aqui, em oração. Em que momento mais alguém poderia se revelar sem as roupas da falsa virtude e bondade, senão em oração, sozinho, com Aquele que vê (Mt. 6:5-8)?
No entanto, nunca os Evangelhos mostraram um Jesus como mostra aqui. É o extremo de um homem. Está desnudo de alma, de sentimentos. Eis o momento quando mais brilha-nos a beleza de sua Pessoa ( Hb. 2:9, 10,17,18). Vê-lo sofrendo revela um pouco de suas virtudes( Hb.4:15,16). Há sobre Ele o peso dos pecados dos homens. Todas as mazelas humanas, os piores vícios de homens cruéis ou “bondosos” (Is. 53:312;64:6). Não. Jesus não teme a morte ou as dores que a precederam (Jo.14:1-3,27-31). Conforme J.C.Ryle, “ há milhares de homens que sofreram as piores torturas e morreram sem um gemido sequer; Nosso Senhor poderia naturalmente fazer o mesmo.”

Só Deus é capaz de mensurar o tamanho do pecado como sofrimento dos homens em seu Filho ( Mt.28: 43,46)!! A sua cruz é a consequência de uma vida inteira de fidelidade (Mt.4:1-11;Fl.2:8;Hb.12:2,3). Jesus assume em si toda a plenitude de Deus, bem como toda a plenitude humana (esta em todas as suas desventuras) ( Cl.2:9), impondo aos próprios ombros a responsabilidade de se ser quem se É : singularidade de se ser Deus e Homem, na obediência de só se ser Jesus (Fl.2:5-11;ITm:2:5). Ele no Getsêmani poderia agir como Deus, mas age como Homem (Mt.26:37,39). No jardim poderia agir como homem, mas nega-se a submeter o seu Ser às mazelas chafundadas de pecado humano. Mantém-se submisso aquilo que o Pai já determinara a Ele (Mt.26:53,54): morrer pelos pecados dos homens e não, viver pelos pecados desses (Mt.20:22;26: 51,52).
Este momento de oração no Getsêmani translucida quatro comportamentos de Cristo que contrastam a Sua Pessoa com a dos homens. Elenca-se nas seguintes observações:
1- Jesus não desiste daqueles que desistem Dele (31-36):Tasker salienta em seu comentário que “nesta hora extremamente crítica de sua vida terrena, o filho do homem precisou, como todo ser humano precisa, da simpatia de outros, ainda que de uns poucos (...) Ele deixa os outros e se afasta com Pedro e os filhos de Zebedeu para um ponto mais isolado (...) depois de confidenciar-lhes que o seu coração estava a ponto de partir-se de tristeza, pede-lhes que se mantenham despertos com Ele, pois nada mais que isso pode fazer para aliviar a sua dor”.

Contudo, contando com a simpatia dos discípulos, esta hora seria aquela que travaria luta solitária ( Is.63:3).Ele teria de pisar sozinho o lagar da ira de Deus.
É bom observar que, segundo o Evangelho de João, um grande número já havia abandonado a Jesus ( Jo. 6:66ss) e, além disso, o próprio Senhor falara que Pedro e outros o abandonariam ( 31-35). Ainda assim, Jesus leva Pedro e outros a orarem com Ele no monte e participarem dum momento de intimidade Dele com o Pai! Jesus sabe que eles o abandonarão e ora com eles, desnuda a alma perto desses homens revelando suas tristezas! Isto se dá em plena consciência de traição e infidelidade amical. Jesus sabe que deve sofrer e morrer completamente sozinho (v.31).O evangelista João Diz que Jesus amou esses homens até o fim (Jo.13:1)!!! Que fidelidade de Nosso Salvador àqueles que o Pai lhe deu (Jo.8:14-18,28;17:8,9,12).
Há de se observar que em Jesus se verifica uma das coisas mais difíceis do homem praticar por se tratar de algo que constitui a si mesmo. Nisto Jesus demonstra a sua completa diferença e contraste em relação aos homens, i,e, A sua Vontade não mais lhe pertence. A sua vontade é Deus!
2- Jesus procura silenciar a sua vontade na vontade do Pai (39,41,42,):Vale estudar como Cristo manifesta a sua vida de oração. Oração é, para Jesus, o silêncio da alma para o Eu e a sua abertura para o “Tua Vontade” (Sl.40:8;Mt:6:10;Jo.4:34; 5:30;6:38).
J. C. Ryle, ao comentar esta oração de Jesus afirma que “vontade sem freio e sem o influxo da graça divina, é na vida do homem fonte de desgraça.”
Jesus leva a sua vontade ao Pai. Ele a entrega. O que é vontade? Vontade é aquela unidade do indivíduo capaz de torná-lo em que se é e no por que se é quem se é. Negá-la é negar-se, anular-se.

O filósofo Sartre já definia a vontade como o homem: “o homem é pura vontade”. Ninguém decide ter vontade de se ter vontade de. Simplesmente se tem. Por sua vez, a Vontade Divina é um mistério. Primeiramente, não se escancha da soberania ou poder divino. Esta é aquela que somente Deus a conhece, uma vez que é parte constitutiva de seu Ser (Jó:42:2; Is. 46:10;Fil.2:13) Champlin nos lembra que há ainda uma 'segunda' Vontade. Esta deve ser buscada progressivamente, pois é questão de maturidade espiritual ( Rm.12:2;Ef.5:17;ITs.4:3;IPe.2:15) (Enc. Bíblia Fil., p. 687). Jesus precisou buscar e aceitar a Vontade do Pai (v.39).
Jesus manifesta na amargura do jardim que orar é entender que o Sim de Deus pode ser, muitas vezes, o seu Não e o meu Não pode ser o seu Sim (42):
Observe o progresso na oração de Jesus. Ele ora três vezes e, num processo de se procurar ouvir e executar a vontade do Pai, Ele parece já saber a resposta. Observe que Cristo nos dois primeiros momentos de oração diz “se for possível”, mas na última oração suas palavras foram: “Se não for possível passar este cálice sem que eu beba(...)”. A vontade do Pai era para Jesus momentos de angústia e sofrimento. É interessante que, neste momento, quando mais o sofrimento estrangula-lhe a alma, mais Ele intensifica a oração. Para que orar àquele que lhe promove o sofrimento? Plena consciência e confiança de que a vontade do Pai é sempre boa ( Rm. 12:2;Ef. 5:17) !
Geralmente a partícula “se” é vista na prática cristã como um espaço neutro onde o crente pode fazer o que quiser. Ela é uma possibilidade onde se vence ou concede direito que a ela recorre em favor próprio. Mas não é o caso de Jesus . Para ele, “se” é sempre vitória da Vontade divina: “se não é possível (...) faça-se a tua vontade.” O termo grego 'ei' introduz uma condição da primeira classe dada como certa.

Que contraste entre nosso Senhor para com os discípulos! Jesus os advertiu acerca de suas vontades terem de ser dominadas (41;Rm.7:21-23)! Parece bom os crentes fiéis saberem que nem todas as orações feitas com fidelidade e fé significam livramento da dor e sofrimento. Antes, podem acarretá-los, afim de que o crente intensifique ainda mais a sua intimidade com Deus. Será que Jesus não tinha fé?
III- Tem um alto conceito de amizade (49,50): ( Jo. 15)1- Amizade para Jesus não é necessariamente reciprocidade, mas amor verdadeiro por uma das partes ( amigo, a que viestes?):Considera amigo o traidor. Em v.49, Judas se aproxima e saúda a Jesus.

Isto demonstra a cordialidade que existia entre Jesus e os discípulos. Contudo, um discípulo não deveria saudar o mestre antes deste; isto era sinal de insubmissão. Mas ainda assim o mestre o chama de amigo. Por quê? Basta-nos ouvir o que Ele diz em João 15:13-15.
2- A amizade para Jesus supera fraquezas ( me negarás...):
Pascal nas Meditações diz que “Cristo estará em agonia até o fim do mundo. Durante este tempo não há de dormir. Eu pensava em ti em minha agonia: essas gotas de sangue as derramei por ti. Queres custar-me sempre gotas de sangue da minha humanidade, sem que tu derrames uma lágrima? Eu sou mais amigo teu que tal qual, porque fiz por ti mais que eles, e ele não sofrerão jamais o que sofri por ti, nunca morrerão por ti no momento de tua infidelidade e de tuas crueldades, como fiz eu e estou disposto a fazer (...).” Jesus foi acusado de ser amigo de prostitutas, ladrões ( Lc. 5:30).
No Getsêmani vemos o paradoxo de Jesus. Vemo-lo se identificar totalmente com os homens e ao mesmo tempo esta identificação mostrar o quão diferente Ele é de todos nós!!
E quando eles estavam ali sentados, Jesus lhes disse: Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; Imagine, irmãos! Jesus lhes disse: Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; Isso quer dizer que todos se tornarão infiéis. A idéia é que Jesus se tornará uma pedra de tropeço. Os discípulos querem estar longe dele, porque têm vergonha dele ou se escandalizam com ele. TODOS! Não um só, mas TODOS! Esta palavra é para todos: Nenhum deles ficará fiel. Todos se afastarão. Na mesma noite!! Imagine irmãos, que sofrimento! Saber que todos se escandalizarão, faz parte do sofrimento de Jesus Cristo. Ele sabia o que ia acontecer. E ele sabia que ficaria sozinho. Ele está com onze homens, mas nenhum deles poderá o ajudar. E como Jesus sabia disso? Jesus sabia disso, porque conhecia as profecias antigas. As profecias que falaram sobre o seu caminho doloroso. Como, por exemplo, a profecia de Zacarias 13:7. Jesus usa a profecia de Zacarias 13:7 que diz: “Ferirei o Pastor e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas”. Quer dizer: o sofrimento vem de Deus conforme esta profecia; Tudo o que acontece é conforme o plano de Deus. Isso deve acontecer! Faz parte do plano de Deus. Jesus deve passar por esta situação para que pagasse pelos pecados do povo. Jesus disse isso varias vezes aos seus discípulos: o caminho doloroso não é uma opção. É a única maneira para salvar o povo. Só assim ele podia pagar pelos pecados. O plano de Deus é assim! Ele disse isso varias vezes, mas os discípulos não entenderam esta mensagem. Especialmente Pedro não entendia essa mensagem.

Quando Jesus falou pela primeira vez sobre o seu sofrimento e a sua morte em Jerusalém. Pedro logo reagiu, reprovou Jesus e disse (Mt.16,22): Tem compaixão de ti, Senhor. Isso de modo algum te acontecerá! Naquele momento Jesus já disse a Pedro: Arreda, Satanás, Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens! O que Jesus lhe disse é interessante para saber: quem não cogita nas coisas de Deus, não entenderá Jesus e não entenderá a mensagem da cruz. Quem não cogita nas coisas de Deus, se escandalizará com Jesus. Pedro já teve este momento. E parece que ele não aprendeu muito. Ele ainda se escandaliza com Jesus, porque ele reagiu logo e disse: Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim. Pedro descobriu alguma coisa. Pedro viu alguma coisa e se escandalizou com Jesus.
Acredito que Pedro estava preparado para morrer com Jesus. Para lutar com Jesus. Não foi ele que tirou a espada (Mt.26,51)? Os discípulos queriam lutar e morrer. Mas Jesus não queria lutar. Jesus se entregou. Sem lutar. Será que Pedro entendeu isso? Pedro queria um rei e não um réu. Ele queria um vencedor e não um vencido; ele queria uma vitória e não uma derrota. Lendo a história dá a impressão que os discípulos tinham se preparados para a luta, mas não estavam preparados para uma derrota. Zacarias 13:7 diz isso literalmente: Desperta, ó espada, contra o meu pastor, que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos. Fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas.

A Palavra de Deus foi uma espada contra ele mesmo. Costumeiramente, falamos de um Deus que realiza sonhos, que cumpre promessas. Experimentamos diariamente seu cuidado por nós e achamos que nisto se resume a vida cristã. Porém, os Evangelhos revelam outra faceta do caráter de Deus que muitos cristão têm tentado esquecer, ignorar: a realidade de que Deus é soberano. Diante disto, temos de nos exemplar em Jesus que demonstra o que é depender e se comprometer à soberania de Deus. O crente deve responder à sua fé uma pegunta que perturba-lhe a alma, contudo, que é fundamental no socorro às dores da vida cristã: E se Deus não fizer? E se de fato Ele fizer a Sua Vontade e não a minha?
Jesus não pensava : que seja feita a sua Vontade, desde que ela seja a minha. Ele ouviu o Pai dizer-lhe não como resposta à sua inteira vida de obediência ( Is. 49: 46; 53: 7-12). IV- Tem uma visão do instante que lhe faz viver corajosamente o futuro (39-45, 52-56):
1- A visão da morte não lhe furta o sabor (propósito) da vida:
A sua insistência em orar é demonstrativo do anelo pela vida. Jesus fala em Mt. 6. de morte de pássaros e homens diante de Deus. Trata-se de valoração existencial a qual o Mestre dá valor. Um pardal cai e morre com m valor ínfimo em relação à morte de um mendigo! Isto é tão real para Cristo que Ele obedecerá a vontade do Pai até o fim, entregando a sua vida pelos mendigos deste mundo (Lc. 19:10; Jo. 10:11-18).
(a)- Jesus na agonia do prelúdio do calvário considera amizade: 'amigo, para que vieste?' (49). Com o termo “amigo”, Jesus quer inquietar a consciência de Judas . O seu 'amigo' insinua que sabe o que Judas está fazendo e nada lhe é inesperado.
(b)- Jesus, ensina à beira da morte como se deve viver mais a vida e, por mais tempo (52). Evoca sabedoria nos atos de Pedro. Agir naquela hora seria morrer!Segundo Hendriksen, o v.55 demonstra que na passagem de seu abordamento por Judas e autoridades, Jesus ao falar às multidões, “estava na realidade fazendo-lhes um favor. Ele punha a descoberto as culpas delas. Não é verdade que se faz necessário a confissão da culpa para que se receba a salvação?”, pergunta o teólogo.
(c)- Jesus traça o seu futuro pisando os seus pés cansados no caminho que o Pai lhe abriu (54). Ele volta os olhos para a alegria do fim do percurso,conforme Hebreus: 12:2:
“ (...)olhando firmemente para o autor e consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia , e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai (...) atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecados contra si mesmo, para que não vos fatigueis desmaiando em vossa alma” (cf. tb. Hb. 5: 5-10).
Jesus não apela ao Poder de Deus para proteger-se. Ele apela para a vontade de Deus (53,54). O Senhor Jesus pouco antes da morte, na agonia divina, sete prazer em prometer estar com um ladrão que lhe roga misericórdia na cruz (Lc. 23:43). É a alegria dos outros a sua alegria!

2- Jesus se assegura do que é não fazendo o que se espera do homem: agir com o poder que tem (52,53): O poder de Cristo é a amor! Foi com este amor que buscou novamente a Pedro (João 21:15ss), os que lhe abandonaram (56),. Jesus luta sem armas, sem resistências, sem religião, sem amigos, sozinho (desamparado de sua própria vontade, pois essa Ele, há pouco, entregou a Deus).
3- Para Jesus, instante de agonia é parte do futuro glorioso (53): Aqueles instantes de dores, decepções, solidão não era, para Jesus, momento de desafeto ou abandono divino. Ele pode orar e o Pai auxiliar, mas isso não seria viver o instante eterno de glória, antes e depois da cruz (Mt:4:1ss)! Agostinho de Hipona vocifera aos crente em angústias que “Deus só teve um Filho que não pecou, mas não teve um filho que não sofreu”.
Ver o meu futuro com fé não desconsidera o meu presente com fidelidade ao propósito de Deus! Não desconsidera que o tempo presente , com seus dessabores é fundamental para a aperolação do deleite da presença de Cristo nos Céus ( Rm. 8:18-25; Fil. 1:21). Jesus vive cada momento de seu instante de vida na terra como se fora o seu futuro e vive o seu futuro como certo de já o tê-lo presente (Mt.26:26 - 30). Hendriksen lembra que “O Evangelho de João (...) faz perfeitamente claro que antes de permitir que fosse ele (Jesus) preso, Jesus demonstrou seu poder sobre seus captores, comprovando que voluntariamente se rendera a eles, em harmonia com João 10:11b, 15.b. Nessa captura, foi o Cativo quem triunfou!” Que bela maneira de entender o que é ser vitorioso, tinha Jesus! A verdadeira vitória é alcançar êxito no cumprimento da vontade do Pai.


Conclusão:Jesus se comporta diferente dos homens! Seus valores são nobres, seu Ser puro. A sua vida sufoca a morte até na hora de morrer. A morte é derrotada matando a Cristo, pois a morte faz parte do plano eterno de Deus Pai. Não foi sem menos que o Senhor Jesus rende o seu espírito ao Pai, mesmo depois de dizer-se abandonado por Ele. E isso, devido os pecados dos homens lançados sobre Ele (Mt.27:46,50).

Mesmo neste momento de agonizar a vergonha, Jesus dedica-se a Deus, confia-lhe o espírito. Não é mesmo singular o Senhor Jesus? Não é mesmo diferente dos homens? Que exemplo temos nós nas ações e coração do Salvador ( I Pe. 2:21- 25 [21]): “ Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes o seus passos,”).


Solo Crhisto

Eliandro cordeiro

SPR-Cne

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